Quem me conhece sabe da importância que o RPG de mesa tem na minha vida. Fiz (e consolidei) muitas amizades dentro da mesa de jogo, e hoje basicamente o jogo não serve só para contar histórias, mas também uma oportunidade de ver alguns amigos e manter contato semanalmente.
Eu não conseguiria definir melhor a sensação do que é jogar RPG do o vídeo a seguir. Identifiquei muito daquilo que me fez cativar por esse estilo exótico de imaginar e contar histórias nele. Vejam!
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11 de nov. de 2016
4 de nov. de 2016
Guerreiros
Postado por
Diego Meneses
Todo dia cedo, quando estou indo para o trabalho, um cidadão me vê perto da rodoviária por onde eu passo e me dá um bom dia.
"Bom dia guerreiro!". É o que ele sempre me diz.
Ele é uma pessoa humilde, vive na rua, creio eu. Já o vi várias vezes na região desta rodoviária, ou perto do coreto, deitado em papelões e coberto por uma manta fina. Ele trabalha lavando carros, ajudando alguns taxistas daquele ponto, em troca de alguns trocados ou comida.
Uma vez me disseram que ele usa drogas (já o vi em estado alterado algumas vezes), e tem uma ferida feia na perna. Vive pedindo ajuda para poder pagar a troca do curativo desse machucado.
Não pede esmola. Pede ajuda.
Se ele realmente usa o dinheiro para esse fim, não posso dizer que sim. Mas posso dizer com certeza que não sou guerreiro assim. Não é questão de comparação pura e simplesmente: não é simplesmente aceitar que esse rapaz e eu vivemos em realidades distintas.
"Guerreiro".
Quem dera eu ser um guerreiro. Falta-me muita coisa para sequer começar a trilhar o caminho do combatente moderno, para conseguir enfrentar o monstro da realidade cotidiana.
Mas pelo menos, tenho sobrevivido a uma batalha por dia. Por trinta anos, praticamente.
Hora então de buscar uma transição do campo de combate. Mudança de tática.
Boa noite, guerreiros.
"Bom dia guerreiro!". É o que ele sempre me diz.
Ele é uma pessoa humilde, vive na rua, creio eu. Já o vi várias vezes na região desta rodoviária, ou perto do coreto, deitado em papelões e coberto por uma manta fina. Ele trabalha lavando carros, ajudando alguns taxistas daquele ponto, em troca de alguns trocados ou comida.
Uma vez me disseram que ele usa drogas (já o vi em estado alterado algumas vezes), e tem uma ferida feia na perna. Vive pedindo ajuda para poder pagar a troca do curativo desse machucado.
Não pede esmola. Pede ajuda.
Se ele realmente usa o dinheiro para esse fim, não posso dizer que sim. Mas posso dizer com certeza que não sou guerreiro assim. Não é questão de comparação pura e simplesmente: não é simplesmente aceitar que esse rapaz e eu vivemos em realidades distintas.
"Guerreiro".
Quem dera eu ser um guerreiro. Falta-me muita coisa para sequer começar a trilhar o caminho do combatente moderno, para conseguir enfrentar o monstro da realidade cotidiana.
Mas pelo menos, tenho sobrevivido a uma batalha por dia. Por trinta anos, praticamente.
Hora então de buscar uma transição do campo de combate. Mudança de tática.
Boa noite, guerreiros.